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sábado, 24 de novembro de 2012

As serpentes






As serpentes são animais pertencentes ao Filo Chordata, Classe Reptilia e Ordem Squamata. Possuem corpo alongado, desprovido de patas e recoberto por escamas; e a temperatura corporal varia de acordo com o ambiente, sendo, por isso, classificadas como animais ectotérmicos. Muitas são venenosas sem, no entanto, serem consideradas peçonhentas, já que esta classificação implica que ten
ham condições de inocularem este veneno.

"Em nosso país existem mais de 370 espécies de serpentes, distribuídas em dez famílias: Anomalepididae, Leptotyphlopidae, Typhlopidae, Aniliidae, Tropidophiidae, Boidae, Viperidae, Elapidae, Colubridae e Dipsadidae. Destes indivíduos, os pertencentes às famílias Viperidae e Elapidae são os peçonhentos. "

Serpentes da família Viperidae são as jararacas, surucucus e cascavéis. Estas possuem fosseta loreal: um orifício localizado entre o olho e a narina da serpente, semelhante a uma narina.

O par de dentes para inoculação de veneno dos indivíduos desta família é longo, dianteiro e curvado para trás – se movimentando para frente no momento do bote; enquanto os demais são poucos e pequenos. Este tipo de dentição é chamado solenóglifa. Estes animais, assim como jiboias, salamantas e dormideiras, possuem a pupila com fenda.

Cascavéis possuem, no fim da cauda, uma estrutura semelhante a um chocalho. Surucucus, nesta região, têm escamas eriçadas e um pouco salientes. No caso das jararacas, a ponta da cauda é normal. Estas últimas também têm, como padrão para identificação, escamas com desenhos semelhantes a “v” invertidos, ou ganchos de telefone.

Venenos e Antídotos das Serpentes

Podemos achar nas temidas serpentes uma fonte medicinal

A cobra, um dos animais mais perseguidos do mundo, por exemplo, pode guardar muitos benefícios à vida humana. O veneno da daboia, serpente encontrada no sudeste da Ásia, é utilizado para controlar a hemorragia dos hemofílicos. A hemofilia é uma doença sanguínea que dificulta a coagulação do sangue, tornando muito difícil o controle de sangramentos. Até a metade do século passado, nada além de morfina podia ser dado a um hemofílico que se ferisse. Até hoje, a hemofilia pode ser controlada, mas não curada. O veneno desta cobra é, portanto, essencial para essas pessoas.

As pesquisas iniciadas por Vital Brasil, fundador do Instituto Butantã, demonstram que a cascavel brasileira também guarda tesouros em seu veneno. Uma das substâncias nela presente está sendo pesquisada como analgésico alternativo à morfina no tratamento de dores decorrentes do câncer - com a vantagem de durar mais tempo e não causar dependência.

Outra utilidade pode ser para as colas cirúrgicas. As colas para pele são bons substitutos aos pontos obtendo como vantagem o fechamento do corte mais rápido e a possibilidade de deixar menos cicatriz. Atualmente, as colas cirúrgicas são feitas com trombina de boi, mas os estudos mostram que a de cascavel é pelo menos 500 vezes mais eficaz na tarefa de “soldar” a pele.

Já a contribuição da jararaca para a medicina foi bem diferente. Um dos sintomas que as vítimas desta cobra apresentavam era uma súbita queda na pressão, ou seja, o veneno tinha a propriedade de reduzir rapidamente a força da corrente sanguínea. Nada mais lógico do que servir de base para um potente remédio contra a pressão alta, numa experiência liderada pelo médico Sérgio Ferreira, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

Diversos outros venenos de serpentes ainda são estudados no combate aos mais diversos males, entre eles o câncer, AVCs e o entupimento de artérias.

E aí, ainda vota pela extinção das cobras?

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