O nome "cururu" é originário da língua tupi, onde kuru'ru é a designação popular dada aos grandes sapos do gênero Rhinella. No Brasil, também é conhecido como sapo-jururu, xué-guaçu, xué-açu, aguá e sapo-gigante. Há outras espécies de sapo que são conhecidas como "cururu" no Brasil, como o Rhinella schneideri (ou Bufo paracnemis) e o Rhinella icterica.
Rhinella marina (antigamente chamado de Bufo marinus), conhecido como sapo-cururu, sapo-boi ou cururu, é um sapo nativo das Américas Central e do Sul. Pertence ao gênero Rhinella, que inclui centenas de espécies de sapos diferentes, distribuídas principalmente pelo Brasil.
É um animal fértil devido ao grande número de ovos postos pelas fêmeas. Seu sucesso reprodutivo deve-se também, em parte, à variedade de alimentos que podem constituir a sua dieta, incomum entre os anuros, e que tanto inclui materiais vivos como mortos. Em geral, os adultos atingem de 10 a 15 centímetros de comprimento. O maior exemplar da espécie de que se tem notícia media 38 centímetros do focinho à cloaca e pesava 2,65 quilogramas.
O sapo-cururu possui grandes glândulas de veneno. Tanto os adultos como os girinos são altamente tóxicos quando ingeridos. Por causa do apetite voraz, foi introduzido em várias regiões do Oceano Pacífico e dos arquipélagos caribenhos como método de controle biológico de pragas, nomeadamente na Austrália, em 1935. Em inglês é conhecido como Cane Toad e, em espanhol, como Sapo de Caña ("sapo-da-cana" em ambas as línguas) por ter sido comumente usado no controle de pragas da cana-de-açúcar.
Comportamento:
Muitos sapos podem identificar as presas pelo movimento. O cururu é capaz também de localizar seu alimento através do olfato. Ele não se limita a caçar e pode comer plantas, restos orgânicos, ração para cães e resíduos doméstico, além da alimentação normal composta de pequenos vertebrados e invertebrados, sendo uma das poucas espécies onívoras de sapos. Os sapos-cururus são capazes de inflar os pulmões para parecerem maiores do que realmente são diante de predadores.
O sapo-cururu é mais ativo durante a noite e pode viver longe da água, procurando-a somente para se reproduzir. O antigo nome científico Bufo marinus sugere uma ligação com a vida marinha, entretanto essa ligação não existe. Os adultos são totalmente terrestres, aventurando-se em água doce somente para se reproduzir, e os girinos são encontrados somente em concentrações salinas correspondentes a 15% da da água do mar. Não habitam as pradarias, evitando em geral as áreas de florestas. Isso inibe a disseminação em muitas das regiões em que foram introduzidos.
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