Por
volta de 40% da floresta amazônica desaparecerá antes de 2050 se nada
for feito para impedir sua destruição, não apenas
em terras públicas mas também privadas,
afirmam os autores de um estudo que será publicado na edição de
quinta-feira da revista
britânica Nature.
A proteção das reservas naturais públicas
não bastará para proteger do desmatamento a parte brasileira da
Amazônia, dada
a extensão atual do rebanho e do cultivo de
soja nesta região, que conduz, entre outras coisas, à construção de
estradas,
destacam os cientistas.
Segundo o principal autor do estudo,
Britaldo Silveira Soares Filho, da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), se
o desmatamento descontrolado prosseguir, seis
bacias hidrográficas da Amazônia perderão pelo menos dois terços da
camada florestal.
Além disso, 25% das 382 espécies endêmicas de mamíferos perderão mais de 40% de seu habitat, concluíram por meio de um
programa de computador.
Além de criar parques públicos de
preservação ambiental, afirmam os autores do estudo, é necessário
obrigar os agricultores
a gerenciar suas explorações respeitando
técnicas de desenvolvimento sustentável, inclusive com a aplicação de
multas financeiras
contra os resistentes.
"A rede de áreas protegidas da bacia
do Amazonas pode permitir proteger uma grande parte da diversidade da
região em termos
de mamíferos, mas não impedirá o
empobrecimento das bacias hidrográficas e das eco-regiões", concluem os
autores do estudo.
O documento pede a extensão destas zonas para
evitar a degradação dos ecossistemas regionais da floresta tropical,
como já
acontece em outros locais do trópico.
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