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segunda-feira, 29 de abril de 2013

DEIXEM NOSSO VERDE SEMPRE VERDE! DEIXEM NOSSO ÍNDIO TER SEU CHÃO!



Selva não se vende! Selva se defende!

Por volta de 40% da floresta amazônica desaparecerá antes de 2050 se nada for feito para impedir sua destruição, não apenas em terras públicas mas também privadas, afirmam os autores de um estudo que será publicado na edição de quinta-feira da revista britânica Nature.

A proteção das reservas naturais públicas não bastará para proteger do desmatamento a parte brasileira da Amazônia, dada a extensão atual do rebanho e do cultivo de soja nesta região, que conduz, entre outras coisas, à construção de estradas, destacam os cientistas.

Segundo o principal autor do estudo, Britaldo Silveira Soares Filho, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), se o desmatamento descontrolado prosseguir, seis bacias hidrográficas da Amazônia perderão pelo menos dois terços da camada florestal.

Além disso, 25% das 382 espécies endêmicas de mamíferos perderão mais de 40% de seu habitat, concluíram por meio de um programa de computador.

Além de criar parques públicos de preservação ambiental, afirmam os autores do estudo, é necessário obrigar os agricultores a gerenciar suas explorações respeitando técnicas de desenvolvimento sustentável, inclusive com a aplicação de multas financeiras contra os resistentes.

"A rede de áreas protegidas da bacia do Amazonas pode permitir proteger uma grande parte da diversidade da região em termos de mamíferos, mas não impedirá o empobrecimento das bacias hidrográficas e das eco-regiões", concluem os autores do estudo. O documento pede a extensão destas zonas para evitar a degradação dos ecossistemas regionais da floresta tropical, como já acontece em outros locais do trópico.

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